quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Exame Info




Valor de investimento de PAC da Tecnologia é baixo, diz Assespro

São Paulo - Para o presidente da Assespro Nacional (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação), Luís Mário Luchetta, o valor de 485 milhões de reais, anunciado pelo Governo hoje por meio do plano TI Maior para incentivar o mercado de Tecnologia da Informação no país, é baixo.
“É um reconhecimento à importância do mercado nacional de TI. Porém, o valor é baixo se comparado com o recebido por outros segmentos. Para explorar toda a capacidade, seriam necessários cerca de 2 bilhões de reais”, afirmou Luchetta.
Para o presidente da associação, agora é preciso acompanhar a implantação do plano nos próximos anos. A Assespro foi uma das associações convidadas para compor o comitê gestor do plano. “É preciso tirar o plano do papel e acompanhar para onde vai o dinheiro”.
O representante não aprovou do fato de a Associação não ter sido consultada durante a elaboração do projeto. “Avisada de última hora, a Assespro enviou 12 sugestões ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Nenhuma delas foi aceita.
Segundo o representante, micro e pequenos empresários devem ser beneficiados com as novas políticas, uma vez que poderão se tornar aptos para negociar com o Governo após obterem certificações.
Hoje, cerca de 85% das compras de software feitas pelo Estado provêm de empresas estatais e multinacionais, segundo dados da Assespro.
Luchetta aprovou os incentivos para a produção de novos softwares e o plano para criar pontos internacionais de relacionamento. “O Governo reconheceu a importância de produzirmos software como um produto para exportação”, afirmou.
Entretanto, apontou ressalvas em relação à chegada de novos centros de pesquisas. Para ele, a entrada dos novos centros estrangeiros somente será benéfica caso aconteça integração e compartilhamento com as empresas locais.
Para ele, o Brasil não deve enfrentar problemas de mão de obra para sustentar o crescimento do setor. O programa possui planos de capacitação profissional.
O executivo achou razoável a projeção do Ministério de elevar a receita do segmento de TI de 100 bi de dólares, em 2011, para 200 bilhões de dólares em 2022. “Crescemos cerca de 9% ano sem investimentos. Provavelmente devemos chegar em 2022 com um valor superior a esse”, finalizou.