domingo, 25 de outubro de 2009

• Comissão vai debater compra de produtos e serviços de TI

Comissão vai debater compra de produtos e serviços de TI

quarta-feira, 21 de outubro de 2009, 18h36


A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados realizará audiência pública com o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Jorge Vasconcelos, para avaliar o modelo adotado pelo governo federal para a compra de produtos e serviços de tecnologia da informação. Ainda não foi definida data para o debate.

Na avaliação do autor do requerimento, aprovado nesta quarta-feira, 21, deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC), o avanço da tecnologia da informação força o Estado brasileiro a buscar constante atualização na prestação de seus serviços ao público, de forma a atendê-lo com qualidade. "Cabe ao Congresso Nacional buscar o esclarecimento necessário para que a atuação da administração pública seja pautada com a máxima eficiência", afirma Bornhausen.

Também devem ser convidados para participar do debate o presidente da Federação Nacional das Empresas de Informática, Maurício Magnaine; o presidente da IDC Brasil, Mauro Peres; o advogado Walter Costa Porto; o vice-presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Luis Mário Lucchetta; o secretário de Fiscalização de Tecnologia da Informação do TCU, Cláudio Castello Branco; e o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Rogério Santana. As informações são da Agência Câmara.


Da Redação

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

• LML - Publicação Jornale.com.br


hora H - coluna Luiz Augusto Juk - 19/março/2009

Luís Mário Luchetta - Assespro Nacional

Luís Mário Luchetta, presidente da Assespro Paraná entre 2004-2008 é o primeiro paranaense a ocupar um cargo na Assespro Nacional (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação) desde 1984, quando o empresário Eduardo Guy de Manoel foi presidente da entidade nacional. Luchetta tomou posse como vice-presidente de Articulação Política da Assespro Nacional na gestão 2009-2010 e elencou como pontos principais para os próximos dois anos: relação com entidades correlatas; com o poder Executivo e Legislativo federal; poderes estaduais e municipais, Judiciário e com áreas estratégicas para o desenvolvimento do setor de TI. Nesta sua nova função, Luchetta vai ficar em contato com deputados federais e senadores para, como diz, “gerar uma agenda legislativa do setor de informática” no Congresso, alinhando as ações do segmento para municiar os parlamentares nas matérias de interesse da indústria de software, além de lutar para que o software nacional tenha prioridades na aquisição por parte do governo.

www.jornale.com.br - coluna Mirian Gasparin - 18/março/2009


O presidente da Assespro Paraná entre 2004-2008, Luís Mário Luchetta (foto), é o primeiro paranaense a ocupar um cargo na Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação desde 1984, quando o empresário Eduardo Guy de Manoel foi presidente da entidade nacional. Luchetta tomou posse, em Brasília, como vice-presidente de Articulação Política da Assespro Nacional na gestão 2009-2010 e elencou como pontos principais para os próximos dois anos: relação com entidades correlatas; com o poder Executivo e Legislativo federal; poderes estaduais e municipais, Judiciário e com áreas estratégicas para o desenvolvimento do setor de TI.

Na nova função, Luchetta manterá contato com deputados federais e senadores para, como diz, “gerar uma agenda legislativa do setor de informática” no Congresso, alinhando as ações do segmento para municiar os parlamentares nas matérias de interesse da indústria de software, além de lutar para que o software nacional tenha prioridades na aquisição por parte do governo.


Indústria & Comércio - 19/março/2009


Paraná volta à Assespro Nacional

Luís Mário Luchetta, presidente da Assespro Paraná entre 2004-2008 é o primeiro paranaense a ocupar um cargo na Assespro Nacional (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação) desde 1984, quando o empresário Eduardo Guy de Manoel foi presidente da entidade nacional. Luchetta tomou posse, em Brasília, como vice-presidente de Articulação Política da Assespro Nacional na gestão 2009-2010 e elencou como pontos principais para os próximos dois anos: relação com entidades correlatas; com o poder Executivo e Legislativo federal; poderes estaduais e municipais, Judiciário e com áreas estratégicas para o desenvolvimento do setor de TI.
Nesta sua nova função, Luchetta vai ficar em contato com deputados federais e senadores para, como diz, "gerar uma agenda legislativa do setor de informática" no Congresso, alinhando as ações do segmento para municiar os parlamentares nas matérias de interesse da indústria de software, além de lutar para que o software nacional tenha prioridades na aquisição por parte do governo.

www.jornale.com.br - coluna Mirian Gasparin - 18/março/2009

Paranaense volta depois de 25 anos à Assespro Nacional


O presidente da Assespro Paraná entre 2004-2008, Luís Mário Luchetta (foto), é o primeiro paranaense a ocupar um cargo na Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação desde 1984, quando o empresário Eduardo Guy de Manoel foi presidente da entidade nacional. Luchetta tomou posse, em Brasília, como vice-presidente de Articulação Política da Assespro Nacional na gestão 2009-2010 e elencou como pontos principais para os próximos dois anos: relação com entidades correlatas; com o poder Executivo e Legislativo federal; poderes estaduais e municipais, Judiciário e com áreas estratégicas para o desenvolvimento do setor de TI.
Na nova função, Luchetta manterá contato com deputados federais e senadores para, como diz, “gerar uma agenda legislativa do setor de informática” no Congresso, alinhando as ações do segmento para municiar os parlamentares nas matérias de interesse da indústria de software, além de lutar para que o software nacional tenha prioridades na aquisição por parte do governo.


www.baguete.com.br - 17/março/2009

PR volta à Assespro Nacional após 25 anos

17/03/2009 16:25 - Gláucia Civa - glaucia@baguete.com.br

Luís Mário Luchetta, presidente da Assespro Paraná entre 2004 e 2008, é o primeiro paranaense a ocupar um cargo na Assespro Nacional desde 1984, quando o empresário Eduardo Guy de Manoel foi presidente da entidade.

Luchetta tomou posse em Brasília na última terça-feira, 10, como vice-presidente de Articulação Política da Assespro Nacional para a gestão 2009-2010.

Como pontos principais a serem tratados pela associação nos próximos dois anos ele elenca a relação com entidades correlatas, com o poder Executivo e o Legislativo federal, além da integração com poderes estaduais e municipais.

“Nesta nova função, ficarei em contato com deputados federais e senadores para gerar uma agenda legislativa do setor de informática no Congresso, alinhando as ações do segmento para municiar os parlamentares nas matérias de interesse da indústria de software, além de lutar para que o software nacional tenha prioridades na aquisição por parte do governo”, destaca o paranaense.

• LML Vice Presidente de Articulação - Vídeo

terça-feira, 13 de outubro de 2009

• Quem é o Luís Mário Luchetta

DADOS PESSOAIS

LUÍS MÁRIO LUCHETTA
Idade: 49 Anos
Nacionalidade: Brasileira e cidadania Italiana.
Estado Civil: Casado
Endereço: Rua Dr. Leão Mocelin, 188, Santa Felicidade, Curitiba, Pr, Cep.: 82030-230
Telefone: (41)9116-3032
E-mail: luismario12@gmail.com


ESPECIALIDADE

Conselheiro de Administração, certificado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, www.ibgc.org.br.

FORMAÇÃO ACADÊMICA

• Técnico em contabilidade (1975-1978)
• Curso superior em Ciências Contábeis - FAE (1981-1984)

CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO/PÓS-GRADUAÇÃO

. Planejamento Empresarial – FAE (1985)
. Marketing Empresarial – UFPR (1995)

ESPECIALIZAÇÃO EM GOVERNANÇA CORPORATIVA

A partir de 2008, considerando, minha formação em Ciências Contábeis, e a minha experiência em administração de empresas, bem como, a participação em conselhos de entidades, me dediquei a busca da especialização em questão. Faço parte do banco de conselheiros do IBGC e participei dos seguintes treinamentos:

1) Curso para Conselheiros de Administração, realizado em Porto Alegre-RS, no primeiro semestre de 2008, pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC.
2) Curso Board Case – Conselho de Administração – Um Caso Real, realizado em São Paulo, dias 20 e 21.08.09, pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC.
3) Curso para Conselheiros de Administração, módulo opcional “análise das demonstrações financeiras”, realizado em Curitiba, dia 03.09.2009, pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC.
4) Em 18.12.2009, obtive a Certificação Oficial do IBGC como Conselheiro de Administração.

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

1) Cereser S.A – Indústria, Comércio, Importação e Exportação
Auxiliar de escritório (1978)
Atividades desenvolvidas: Encarregado do faturamento da empresa.

2) Fundação Universidade de Brasília
Escriturário lotado na Assessoria de Planejamento e Controle (1979/1980)
Atividades desenvolvidas:
Elaboração de correspondências do Reitor; preparação de gráficos e tabelas estatísticas; conferência de cálculos e controle dos recursos de suprimentos.

3) Companhia de Financiamento da Produção – CFP(empresa do Governo Federal, sucedida pela Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB)
Técnico de Operações Regionais (1980- 1990)
Atividades desenvolvidas:
Controle da movimentação de estoque da CFP no Paraná.
Realização de leilão de produtos da CFP em bolsas de mercadorias.
Vistoria e fiscalização nos prestadores de serviços da CFP (transportadoras e armazéns gerais).
Auxílio permanente nas atividades ligadas a supervisão técnica da Regional do Paraná.
Assessoramento na legislação do ICMS do Paraná.
Responsável técnico pela escrituração fiscal da Política de Garantia de Preços Mínimos do Governo Federal.

4) Sofhar Gestão e Tecnologia S.A
Diretor Presidente (1991/Julho 2006)
Entrei na sociedade e assumi a direção da empresa e coordenação de suas operações no período, que a tornaram uma das empresas privadas mais especializadas em tecnologia da informação do Brasil., premiada nacional e internacionalmente, e certificada ISO 9000, já em 1998, cuja certificação foi renovada anualmente e mantida até minha saída. Em março de 2006 deixei a sociedade e de março a julho de 2006 fiz a transição da direção da Empresa para o novo presidente.

5) Intelligence Business & Service Ltda (atual)
Em seguida, constitui a Intelligence (www.intelbus.com), e passei a atuar com representação comercial em Tecnologia da Informação, aproveitando o potencial acumulado em décadas de experiência no segmento, e conciliando com a dedicação firme na atividade associativa, buscando principalmente um maior reconhecimento dos poderes constituídos, para o importante Setor da Tecnologia da Informação.

CARGOS ASSOCIATIVOS E DE LIDERANÇA EMPRESARIAL

1) Em novembro de 2004 fui eleito Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação – Assespro Regional Paraná, atividade que desempenhei, pois dois mandatos, até 31.12.2008.
2) De janeiro de 2005 até 31.12.08, fui eleito membro do Conselho de Administração da Assespro Nacional.
3) A partir de janeiro 2005, assumi a editoria da Revista Nacional de Tecnologia da Informação, único veículo oficial do Setor, de responsabilidade da ASSESPRO, da Federação Nacional da Informática – FENAINFO, da Associação Brasileira das Empresas de Software - ABES e da Sociedade Brasileira para a Excelência do Software – SOFTEX.
4) Em março de 2006, após ser eleito pelo quadro da ABES, tomei posse como Membro do Conselho Deliberativo da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software, no triênio 2006/2009.
5) A partir de 10.12.07, fui nomeado membro suplente do Conselho da Sociedade SOFTEX – Associação para Excelência do Software Brasileiro.
6) A partir de janeiro de 2009, fui eleito membro do Conselho Fiscal da Assespro Regional Paraná.
7) Em dezembro de 2008, fui eleito como membro da Diretoria Estatutária da ASSESPRO NACIONAL, na função de Vice-Presidente de Articulação Política, função que assumi e desempenho a partir de janeiro de 2009.
8) Em fevereiro/2010, passei a fazer parte do Comitê de Comunicação do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC.

PREMIAÇÃO E HOMENAGENS RECEBIDAS DA SOCIEDADE

1) Prêmio Personalidade de Informática e Telecomunicações do Paraná – 2001, concedido pela Sociedade dos Usuários de Informática e Telecomunicações – SUCESU.
2) Comenda Duque de Caxias, concedida pelo Grande Oriente do Brasil Paraná, em reconhecimento e exaltação aos méritos por relevantes serviços prestados à Pátria, à Ordem Maçônica e à Comunidade Paranaense, em 29.07.2004.
3) Comenda da Ordem do Pelicano do Mérito Maçônico, grau de Oficial, em virtude dos relevantes serviços prestados a comunidade, em 18.11.2005.
4) Reconhecimento público pela contribuição ao desenvolvimento do setor de tecnologia da informação do Paraná, na gestão 2005/2008, concedido por todos os arranjos produtivos locais - APL’s de TI do Estado do Paraná, em 02.12.2008.
5) Comenda da Ordem do Pelicano do Mérito Maçônico, grau de Cavaleiro, expedida em 28.07.2009.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Cursos, seminários e palestras mais importantes:
• Curso de redação comercial;
• Curso de relações humanas;
• Curso de técnicas de comunicação;
• Curso de liderança e motivação de equipes;
• Curso de comunicação empresarial;
• Curso de defesa e segurança pessoal;
• Curso da Adempe “Como organizar e dirigir uma empresa”;
• Seminário sobre custos comerciais e de serviços;
• Curso de Formação em Programação Neurolinguística – Nível Practitioner em PNL, com 130 horas-aula, realizado em Curitiba, de junho de 2002 a agosto de 2003;
• Seminário KLA Eventos Empresariais“8º. Encontro dos maiores conferencistas do Brasil”, com 18 horas-aula, realizado em São Paulo, de 04 a 06.07.03;
• Seminário KLA Eventos Empresariais “Como criar empresas e serviços de alto desempenho”, com 09 horas-aula, realizado em São Paulo, dias 27 e 28.03.04;
• Curso de oratória e expressão verbal, em novembro de 2007.
• 3ª. Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais, realizada em Brasília-DF, de 27 a 29.11.07, como conferencista e como palestrante no Painel de Tecnologia da Informação.
• Programa LAPIDUS – Liderança Intensiva para Altos Executivos, curso “Planejamento Estratégico: A estratégia para o Resultado”, do Espaço Empreendedor, com carga horária de 24 horas, concluído em 30.06.08.
• Programa LAPIDUS- Liderança Intensiva para Altos Executivos, curso “ Inovação: A Transição Obrigatória”, do Espaço Empreendedor, com carga horária de 24 horas, concluído em 30.11.08.
• Fórum de marketing de Curitiba, realizado em 13.11.08, com renomados profissionais de comunicação e marketing, sendo a palestra magna com o Pós-Doutor e Ph.D Philip Kotler.
• IX Conferência ANPEI de Inovação Tecnológica: “A Inovação sustentando sua empresa e seu planeta”, realizada em Porto Alegre-RS, de 08 a 10.06.09.
• 4ª. Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais, realizada em Brasília-DF, de 27 a 29.10.09, como conferencista e como palestrante no Painel: APLs de Tecnologia da Informação.

Conhecimentos em Línguas:
• Espanhol
• Inglês
• Italiano

ÁREAS DE ATUAÇÃO

• Representações comerciais junto a área pública Nacional.
• Membro de conselho de administração de empresas e entidades.


Curitiba, 05 de maio de 2010.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

• A Informática é Assunto Sério - Artigo LML


A informática é assunto sério

Luís Mário Luchetta(*)

A implantação e ou ampliação de um governo eletrônico representará um avanço extremamente significativo no que se refere à eficiência, eficácia, profissionalismo e modernidade da administração pública, qualificando a gestão para enfrentar os novos desafios impostos pela Lei da Responsabilidade Fiscal, que estabeleceu uma nova e moderna maneira de administrar a coisa pública, que exige planejamento, transparência, prevenção de riscos, correção de desvios, equilíbrio das contas e cumprimento das metas, redução do déficit público, da dívida e pela demanda crescente de serviços públicos de qualidade.

O novo Governante terá um papel fundamental para a implementação desse projeto tendo em vista as inúmeras exigências da sociedade que deverão se conciliadas com a sua gestão orçamentária, financeira e contábil dos tempos atuais.

A globalização e a velocidade das mudanças exigem ações concretas, não só no setor privado, mas também, e talvez principalmente a partir deste momento na área pública que efetivamente enfrentou dificuldades de acompanhar a evolução tecnológica.

Medidas urgentes e necessárias são fundamentais para que os administradores públicos revolucionem a sua administração visando uma gestão moderna, com tecnologia e fiscalmente correta.

A comunidade cada vez mais antenada vai exigir mais acesso às informações, como a destinação dos recursos públicos e seus resultados, e isso exigirá tecnologia.

Deve-se considerar ainda que a fiscalização está extremamente fortalecida pela LRF, através do Tribunal de Contas do Ministério Público e agora respaldada pela Lei 10.028/00 Crimes de Responsabilidade Fiscal.

Pode-se compreender melhor este fortalecimento com a posição que o Tribunal de Contas do Estado do Paraná divulgou recentemente, em que na esfera municipal o percentual de reprovação subiu de 14% para mais de 40% e segundo os técnicos do próprio Tribunal isto está relacionado com a qualidade das informações e a sua integração. Também podemos ressaltar o despreparo e até o desconhecimento dos profissionais que atuam no setor, que na maioria são usuários e acabam sendo responsáveis pelas áreas de TI.

Devemos acrescentar ainda que o número de relatórios técnicos aumentou, a sua freqüência de entrega e divulgação diminuiu e a comunidade está muito mais participativa e exigente, o que reforça a necessidade de recursos de tecnologia da informação para atender essa demanda.

A nova visão do Executivo Estadual e Municipal deve obrigatoriamente considerar que muito foi feito na formação da infraestrutura urbana, entretanto se as Administrações Municipais não se modernizarem irão enfrentar dificuldades de geração de renda e emprego.

Novos investimentos ocorrerão, mas certamente isto vai acontecer naqueles que mais evoluírem nos seus processos de gestão e qualificação, porque só assim estarão em condições de ter e praticar planejamento estratégico e sua execução.

No atual ambiente web, tecnologias surgem e se extinguem em curto espaço de tempo. Mal se implanta uma solução surge outra complementar, ou melhor, e naturalmente a tendência é de utilizar a última versão, entretanto e preciso se ter visão do cenário de TI para que não se cometa erros e que não ocorra desperdício do já escasso recurso público.

Consultorias e diagnósticos nos dias atuais se converteram na melhor estratégia para a orientar e auxiliar na escolha correta de ferramentas. Mais que isso, converteram-se em verdadeiros integradores de soluções, ajudando a desenhar o melhor cenário para construir sinergia e integra-los aos sistemas em utilização.

A permanente atualização e a oportunidade de ter acesso e conhecer diferentes tecnologias em profundidade permite escolher aquela que oferece melhor identificação e ganhos ao projeto.

Cabe ressaltar ainda que a atuação não se restringe na escolha, mas também no processo de manutenção e evolução, já que no setor público o déficit de profissionais é grande e os investimentos feitos podem ser perdidos.

O envelhecimento do quadro de pessoal é outro fato concreto, a falta de atualização e a saída dos poucos profissionais em busca de melhores oportunidades se somam a um retrato preocupante. As limitações impostas pela LRF para as despesas com pessoal trarão mais dificuldades para os gestores implementarem e manterem projetos de modernização e tecnologia da informação.

Assim a formação de alianças externas e parcerias é o caminho fundamental para que em momento algum os investimentos e as conquistas sejam colocados em risco e também o nível de atualização seja mantido.

Recentemente o governo editou uma medida provisória (MP – 2108 de 23/08/2001) que orienta a licitação através de pregão, mas que só é válida para o governo federal. "Como não existe legislação específica, fica limitada ao que está previsto na lei 8666/93, que determina as licitações públicas". Para os governos estaduais, as licitações ficam restritas a determinados valores previstos na lei de licitações públicas (Lei 8666 de 1993).

O fato relevante está relacionado à economia aonde segundo o Governo Federal isto chegou à ordem de 25% e no Governo da Bahia, por exemplo, está economia chegou a 36%, entretanto para a sua implementação e prática haverá necessidade de infra-estrutura tecnológica que possibilite sua utilização.

A prioridade de implantação do Governo Eletrônico – e-gov representará um salto quali-quantitativo extraordinário para a Administração e para a sociedade, pois isso representará uma mudança cultural à quebra de paradigmas, e quem estabelecer isso como a meta número um deixará sua marca na história.

“Sem políticas inovadoras as novas tecnologias poderão tornar-se uma fonte de exclusão, não um instrumento de progresso”. (Relatório do Desenvolvimento Humano da ONU.)"

Março/2005

(*) Luís Mário Luchetta é Presidente da ASSESPRO-PR - Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet Regional do Paraná

• A Tercerização em TI - Artigo LML

A TERCEIRIZAÇÃO EM TI (“outsourcing”)

*Luís Mário Luchetta

No mundo de hoje, em que o conhecimento necessário para a prestação de serviços está cada vez mais especializado e profundo, torna-se freqüentemente muito oneroso para uma empresa manter internamente algumas funções que são intensivas em conhecimento. Esta não é uma percepção recente, o que tem levado empresas à terceirização de diversas atividades, como as de contabilidade, de marketing e jurídicas. Mas as perguntas que são feitas agora são: por que não terceirizar, também, as funções de TI? Quais seriam as vantagens disso? Quais os cuidados necessários para que riscos potenciais sejam evitados ao serem terceirizados os serviços de TI?

Notamos, em primeiro lugar, que a terceirizada está naturalmente orientada a prestar o seu serviço da melhor maneira possível, tanto em qualidade como em preço, já que ela também possui concorrentes.

Em segundo lugar, vemos que a terceirização possibilita, à empresa que terceiriza, o uso mais eficiente de um recurso de alta especialidade, voltando seus esforços para o seu negócio principal (“core business”). Adicionalmente, é reconhecido que profissionais de TI acabam ficando ultrapassados e ociosos em empresas cujo foco principal não é o de TI.

Em terceiro lugar, a terceirizada normalmente investe mais e melhor na atualização do conhecimento do especialista, e a importância disto é hoje mais verdadeira do que nunca, em virtude da rápida e continuada evolução da tecnologia e do conhecimento.

Com certeza existem outras vantagens, mas entendemos que estas são as principais, e mais do que suficientes para motivarem as empresas que necessitam de serviços de TI, como instrumento de trabalho, a terceirizarem essas funções para empresas especializadas.

É preciso haver uma consciência por parte dos implementadores do processo de terceirização, que devem se concentrar nos negócios do cliente, e não somente em tecnologias aplicadas, trazendo assim o verdadeiro valor da terceirização, que é a execução dos trabalhos nos prazos e padrões de qualidade estabelecidos entre as partes, sem perder o foco na organização onde está sendo executada.

Acrescente-se, a tudo isto, que a terceirização já não exige mais 100% de atuação presencial, principalmente nas atividades de TI. Existem hoje ferramentas avançadas que permitem que um profissional especializado, de fora da empresa, acesse seu servidor e execute com rapidez e segurança os serviços necessários, sob vigilância da equipe interna do cliente.

Muitas empresas que prestam serviços terceirizados de TI vêm acompanhando as necessidades de mercado, através da adoção de padrões de modelos de negócios, tecnológicos e de qualidade reconhecidos internacionalmente (ISO, PMBOK, CMMI, ITIL, COBIT, etc.). Buscar, portanto, parceiros certificados e reconhecidos pelos fabricantes de tecnologia, como a Microsoft, Oracle, IBM, e outros, é fundamental para garantir a qualidade dos serviços e o sucesso dos negócios.

Muitos analistas de mercado entendem que o processo de terceirização de TI é um fenômeno mundial, já largamente adotado nas economias mais avançadas, sendo que o Brasil não será uma exceção a isso. Porém a legislação brasileira vigente não nos ajuda, podendo haver alguns transtornos trabalhistas na empresa que presta serviços terceirizados. Os contratos devem, portanto, ser muito bem elaborados para que as responsabilidades neste campo sejam bem definidas.

Além disso, é preciso ter cautela na hora de escolher um provedor de serviços, efetuando avaliações técnicas e financeiras da contratada, analisando “cases” já implementados, e também através da adoção de SLAs (“Service License Agreements”) e premiações para serviços que ultrapassem as expectativas operacionais.

Isto posto, acreditamos que o mercado da terceirização de serviços de TI deverá aumentar significativamente no Brasil, nos próximos 5 anos, e que, para isso, as empresas prestadoras de serviços de TI deverão, cada vez mais, buscar suas adequações a padrões e certificações de reconhecimento internacional, pois essas passarão a ser exigências mínimas de mercado.

Dezembro/2005

* Luís Mário Luchetta, é Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação, Software e Internet – ASSESPRO REGIONAL PARANÁ.

• Financiamento, a Inovação em TI - Artigo LML


Financiamento a inovação em TI

Em março, encerrou-se o prazo para submissão de projetos visando apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para desenvolvimento de projetos inovadores, sob a modalidade Subvenção Econômica. Com volumes de R$ 80 milhões para empresas de tecnologia da informação e R$ 450 milhões no total, o programa é a principal fonte de recursos não reembolsáveis voltada à inovação.

O setor de TI respondeu bem ao chamado da Finep: foram 1.079 propostas, 42% do total. Além de TI, eram elegíveis empresas dos setores de biotecnologia, saúde, defesa nacional, energia e desenvolvimento social. Tal fato comprova duas realidades. Uma, que o setor de TI tem uma capacidade inovadora incomparável, sendo realmente uma usina de inventividade com aplicação prática. A frase "em cada inovação bate um coração de software" cunhada por destacado empresário do setor é verdade incontestável.

A outra realidade é que o setor de TI é extremamente receptivo a apoios do tipo Subvenção Econômica da Finep. As empresas brasileiras de software e serviços, criativas e arrojadas, necessitam de linhas de apoio financeiro desta modalidade para poder fazer chegar ao mercado toda sua capacidade inventiva.

Porém, em que pese o acerto da iniciativa do governo, algumas mudanças podem ser sugeridas. Em primeiro lugar, o volume de recursos alocados. Os R$ 80 milhões são insuficientes para atender a imensa demanda do setor por este tipo de apoio. Os recursos devem e podem ser ampliados.

No campo operacional, também se faz necessário realizar aprimoramentos. A Finep define no edital quais são os temas em TI que deseja apoiar em projetos, dirigindo os investimentos para áreas que considera fundamentais para o desenvolvimento do País. Ninguém aspira que a Finep abra mão de promover os segmentos que julga importantes. Porém, essa definição deve ser validada com o setor privado, ou ao menos ele poderia eleger temas, alinhando oferta e demanda de forma mais efetiva.

Outro aspecto a ser analisado diz respeito a apoio a projetos não-alinhados aos temas definidos. Deve ser permitido às empresas apresentar propostas visando receber apoio para o desenvolvimento de projetos inovadores não mencionados no edital. Um percentual deve ser destinado à inovação livre, para que não se perca a oportunidade para o desenvolvimento de novas soluções inovadoras com focos diferentes daqueles definidos pela Finep e, mesmo pelo setor privado.

Uma terceira sugestão: para o acoplamento de financiamento reembolsável - empréstimo - às empresas contempladas. Esta possibilidade já existe, porém restrita a contrapartida que a empresa tem que alocar ao projeto. Ou seja, atualmente a Finep pode emprestar recursos às empresas aprovadas que assim o desejem para financiar a contrapartida necessária à execução do projeto em questão. Mas, por que não permitir que a empresa aprovada no processo de Subvenção Econômica solicite recursos, em condições vantajosas se comparadas ao mercado, para custeio de suas operações normais ou para custeio de atividades que aumentariam sua competitividade no lançamento da solução inovadora? Atividades como ações de marketing, de internacionalização (exportação), capacitação, entre outras, poderiam ser objeto de financiamento para as empresas aprovadas no processo.

Em suma: as empresas brasileiras de software e serviços de TI aplaudem a iniciativa do governo. Entretanto, desejam contribuir para o aprimoramento do processo.

Fevereiro/2009

Luís Mário Luchetta – Vice-presidente de Articulação Política da ASSESPRO NACIONAL

• Gestão e Custos - Artigo LML


Gestão: a falta de agilidade do governo tem custos altos

Luis Mário Luchetta*

Ninguém no Brasil duvida de que as nossas estruturas públicas governamentais carecem de ferramentas institucionais e tecnológicas de gestão que lhe proporcionem maior eficiência, eficácia, profissionalismo, modernidade e transparência.

A população exige planejamento, correção de desvios, prevenção de riscos, equilíbrio das contas, cumprimento das metas, diminuição do déficit público, redução da dívida, rapidez e eficiência no atendimento e muita clareza na destinação dos recursos públicos. Ufa! Parece uma tarefa impossível, mas tem que ser iniciada, sem o que nossos administradores públicos jamais poderão atender, de forma satisfatória, a sociedade e as inúmeras exigências que esta lhes impõe.

O desconhecimento, por parte de nossos governantes, das metodologias mais atuais e das ferramentas de ponta que irão auxiliar a gestão pública, e de como aplicar a Tecnologia da Informação para atender as várias necessidades da sociedade com serviços de elevada qualidade, são ainda hoje as principais causas para a pequena eficiência das nossas máquinas governamentais.

Além disso, projetos de lei que tramitam na Câmara Federal, como o 1739/03, que obriga o administrador público a comprar itens de informatização em concorrências separadas, reforçam o atraso. Os nossos homens públicos, ao invés de se preocuparem com a identificação das demandas da população e priorização de seu atendimento; com a busca de investidores internacionais; o mapeamento e a otimização de seus processos e atividades; e o uso das técnicas modernas de gestão de projetos, de modo a assim criarem a base para a elaboração e execução de um consistente plano de investimentos; não o fazem, e ainda se arriscam a querer aprovar leis retrógradas como essa.

Nossos governantes precisam encontrar seu foco, que é a melhoria dos serviços básicos e essenciais para a população, deixando para a iniciativa privada, através da livre concorrência, o que pode ser realizado na área do aprimoramento das soluções de gestão.

Segue o que foi mostrado no Congresso de Informática Pública, a partir de pesquisa realizada com 300 profissionais de tecnologia atuantes em governo, durante o mês de dezembro de 2004: A maioria das entidades governamentais municipais, estaduais e federais prefere desenvolver sistemas próprios de Tecnologia da Informação do que terceirizar o processo. Segundo o estudo, 80% dos entrevistados afirmaram que os órgãos públicos em que trabalham preferem elaborar os sistemas internamente. Apenas 20% dos profissionais indicaram a contratação de empresas especializadas para essa finalidade. De acordo com Vagner Diniz, diretor do CONIP, o setor público apresenta restrições à terceirização em virtude do temor de repassar para o setor privado o conhecimento sobre as tecnologias do governo. ‘Se essa barreira fosse quebrada teríamos um aumento nesse mercado [de terceirização] de maneira significativa’, afirmou Vagner Diniz, diretor do CONIP. Os executivos também afirmaram ao CONIP o percentual que os órgãos públicos costumam investir em informática. Cerca de 40% dos entrevistados informaram gastos acima de 3% do orçamento em tecnologia, enquanto 34% alegaram investir de 1% a 3%, ao passo em que 26% investem 1% ou menos da verba” (fonte: IDG Now).

Um outro aspecto também merece nossa atenção: hoje, muitos governantes ainda defendem no país o uso do “software aberto”, sendo alguns conscientes dos benefícios que ele possa trazer, embora a maioria certamente o faz por demagogia e completo desconhecimento. Sobre esse assunto, já tivemos a oportunidade de externar, em artigo anterior, a verdade que aqui repetimos: a melhor solução para os governos é que sejam adquiridas aquelas soluções específicas que possibilitem com que as máquinas administrativas funcionem adequadamente e atendam bem os nossos cidadãos. Para isso, devem levar em conta o melhor custo da solução completa (diagnóstico + planejamento + software + hardware + desenvolvimento + implementação + treinamento + manutenção + suporte/continuidade), avaliando e comparando, sem paixões nem politicagens, qual o software mais adequado para cada situação, se aberto ou comercial. Nesse procedimento, entretanto, é preciso lembrar que a definição por uma única plataforma, seja qual for, significa retrocedermos para a malfadada época da reserva de mercado. E isso ninguém mais deseja para nosso país!

Governar é complexo, mas sem ser difícil, desde que exista gestão eficiente. O que estamos constatando, porém, é que o excesso de desconhecimento está contribuindo para que iniciativas indispensáveis, como a modernização da máquina pública, sejam vencidas pelo autoritarismo e pelas ações de poucos, que são realizadas em defesa de interesses específicos e em prejuízo do aumento da eficácia da máquina pública.

E é bom dizer que, nisso tudo, o governo não está sozinho! Na pouca e ineficiente utilização da Tecnologia de Informação no setor governamental, alguns empresários da área também contribuem para o atraso, quando praticam a falta de união, e quando, sem capacidade para o desenvolvimento de negócios viáveis, aplicam seus investimentos na crítica e na destruição do que seus colegas estão conseguindo construir.

O setor de TI é novo se comparado com outros, que são seculares na economia. Para o bem do país, as vantagens da produção do setor precisam ser percebidas urgentemente por todos os governantes, que necessitam entender que é muito mais viável aplicar recursos na otimização e automação dos processos das máquinas públicas, do que despejar dinheiro, por exemplo, na divulgação de seus prometidos feitos, muitos dos quais não saem dos discursos e da propaganda bem elaborada.

Dinheiro público investido na modernização, otimização e automação de processos revisados e em Tecnologia da Informação, é legado que fica para o país, para a continuidade sem percalços da máquina pública e para a população. Para isso, cabe apenas ao governo formular políticas e decidir, deixando a execução para os empreendedores nacionais especializados, que são mais eficazes que o governo e que executam programas e projetos a custos muito mais compensadores para os cofres públicos.

A cada dia, com o trabalho de excelentes empresas de TI que nosso país possui, o setor deverá crescer de forma acelerada na área governamental, pois afinal, a população não suporta mais os altos custos das administrações públicas ineficientes.

Maio/2005

* Luís Mário Luchetta é presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Software, Tecnologia da Informação e Internet – Assespro Regional Paraná.

• Novos Desafios para Fornecedores e Clientes - Artigo LML

Contratação de Serviços de TI:

Novos desafios para Fornecedores e Clientes

Luís Mário Luchetta (*)

Como podemos contratar serviços de Tecnologia da Informação que nos tragam as soluções que realmente precisamos e que sejam baseadas em competência técnica, qualidade, segurança e prazo; além de, obviamente, preço compatível e justo?

Para isso, acreditamos no caminho que crie a relação mais adequada e saudável entre fornecedores e clientes, o qual deverá ser baseado em ‘processos de qualificação’, que deverão incluir o histórico da empresa, comprovações de sua competência, referências de clientes e outros índices que sejam mensuráveis para que permitam uma tomada de decisão confiável e isenta.

Este modelo já é de certa forma uma realidade, tanto para o setor privado como para o público, e é verificado através dos certames licitatórios e das RFPs (“Requests For Proposals”), modelos estes que, adotados com a metodologia de avaliação por técnica e preço, conduzem à segurança necessária para que o usuário possa definir o melhor fornecedor.

Esta abordagem, que em 12.07.2005 foi reconhecida pelo STJ, resguarda tanto o cliente quanto o fornecedor, pois estabelece as condições necessárias para o bom relacionamento entre ambos e garante o cumprimento do pactuado, através de responsabilidades claras que são formalizadas em contratos.

Por outro lado, a metodologia vai e deve exigir que os fornecedores de serviços de Tecnologia da Informação estejam obrigatoriamente habilitados, qualificados e certificados para atenderem às exigências do mercado.

Pelo lado dos clientes, estes necessitarão produzir adequadas especificações daquilo que necessitam, o que poderá ser viabilizado através de pessoal técnico próprio ou por meio da contratação de consultoria.

Daqui para frente, este modelo passa ser o grande desafio de clientes e fornecedores, para que o resultado a ser alcançado seja plenamente atingido com a qualidade e a segurança esperadas.

Agosto/2005

(*) Luís Mário Luchetta é Presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Software, Tecnologia da Informação e Internet – ASSESPRO REGIONAL PARANÁ

• LML - Publicação Gazeta do Povo

Gazeta do Povo - Opinião - 4/janeiro/2008

A liberdade de opção na internet

por : LUÍS MÁRIO LUCHETTA

A liberdade para navegar na internet é mais do que poder circular livremente entre seu conteúdo. É um direito e uma realidade. Mas nem sempre podemos observar movimentos democráticos em relação ao mundo virtual. Determinados serviços, como a renovação da carteira de habilitação no Detran do Paraná, só aceitam o uso do navegador desenvolvido com software livre.

A escolha pelo melhor navegador de internet é uma prerrogativa de todos nós usuários. Assim como podemos optar por marcas de equipamentos, fornecedores de soluções, provedores, tipos e velocidades de conexão, as alternativas de navegação devem ser respeitadas. É uma liberdade como outra qualquer, afinal, cada um de nós tem de ser livre para escolher como comprar e utilizar os bens e serviços que o mercado oferece!

Nós, cidadãos, entendemos e apoiamos a preocupação do governo em buscar a otimização dos recursos, mas não podemos ficar reféns da imposição de um só tipo de plataforma, por exemplo. Os tempos atuais pedem ações que também priorizem a liberdade de escolha, e não que interfiram no que usamos ou deixamos de usar para navegar na rede.

A situação trouxe à tona uma reflexão sobre esta liberdade. No mundo atual, as transações eletrônicas são primordiais para quem tem uma rotina corrida, tomada por compromissos e obrigações. O Brasil é um dos países mais avançados do mundo neste cenário e um bom exemplo é o número de declarações de Imposto de Renda feitas online. Só os isentos somaram 43,8 milhões de formulários – que representam 65% das declarações – enviados em dezembro de 2007 para a página da Receita Federal. O portal do órgão é um bom exemplo de liberdade na rede, já que não restringe a opção de navegador, o que facilita a vida de quem utiliza a internet para enviar os dados.

Este é um exemplo de democracia eletrônica que deveria ser seguido por todos os portais governamentais. No caso dos browsers, tanto o livre como o comercial possuem funcionalidades suficientes para garantir uma boa navegação, então, por que tolher a opção de escolha? Vale lembrar que a interoperabilidade (a capacidade de um sistema se comunicar de forma transparente com outro) é indispensável ao cidadão. A escolha da melhor plataforma para trabalhar, estudar, realizar transações eletrônicas ou usufruir de serviços governamentais tem de estar intimamente ligada às necessidades da população.

Os ambientes heterogêneos são uma realidade para quem utiliza a internet com freqüência. Com o avanço do uso da rede, é preciso ampliar as alternativas entre o código-fonte aberto e o proprietário, que oferecem praticidades e vantagens específicas aos usuários.

A discussão e a escolha é que devem ser livres! As empresas de tecnologia da informação e softwares investem cada vez mais em segurança, estabilidade e otimização dos sistemas. Neste contexto, vetar possibilidades entre os usuários de internet é estagnar um processo de liberdade, qualidade intrínseca da rede mundial de computadores.

Em eleições recentes muitos candidatos se elegeram, enganando a população com o confuso discurso do software livre, em que até os próprios acreditavam que era de graça, mas acreditamos que no pleito eleitoral que se aproxima os postulantes que ainda persistirem nessa abordagem, receberão menos votos que no passado, e também acreditamos que cada vez mais melhoraremos a qualidade de nossos representantes públicos, descartando os que embasam suas candidaturas fora da verdade.

Dado o claro recado, por conta de nossa responsabilidade, fica aqui o nosso parabéns ao setor de tecnologia da informação pelo desempenho em 2007: muito progresso, muitas modernizações, muitas aquisições e fusões, aconteceram no setor e ainda há espaço para isto, profissionalizando cada vez mais nosso “novo” setor.

Luís Mário Luchetta é presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Assespro) - Paraná.

• Importância das Empresas Públicas - Artigo LML

A IMPORTÂNCIA E O RECONHECIMENTO DAS EMPRESAS PÚBLICAS, ORGANIZAÇÕES SOCIAIS, INSTITUTOS E FUNDAÇÕES PARA A MODERNIZAÇÂO, PROFISSIONALIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA DO BRASIL

As empresas públicas e sociedades de economia mistas federal e estaduais e as similares de todas as esferas de governos, possuem know-how e experiência acumulada de seus gestores e de seus quadros de profissionais, tanto em tecnologia, como também, e principalmente, nas regras de negócio da Administração Pública.

Conhecimentos e histórico que são fundamentais para a correta aplicação dos recursos públicos nos investimentos necessários e urgentes na área de modernização da gestão pública utilizando a tecnologia da informação.

Imaginar que apenas as empresas privadas como fornecedoras de todas as demandas reprimidas são as mais adequadas já seria precipitado, com os gestores públicos contratando, então, é desperdiçar a capacidade do governo de dedicar-se a viabilização do negócio-fim de cada órgão e de explorar as competências técnicas acumuladas.

Entram aqui essas organizações, fazendo o meio de campo, mediando na condição de analista de negócios e tendo papel fundamental na aplicação correta e viável, técnica e financeiramente, do dinheiro do povo em prol da sociedade e do cidadão. É claro que para implementar as soluções necessárias existiu e existirá e cada vez mais a complexidade no processo de contratação. Entretanto estas organizações sempre conseguem selecionar com mais técnica, economicidade, domínio do negócio, propriedade e objetividade os melhores especialistas do mercado.

Vale lembrar, sobretudo, que estas instituições exercem, em primeiro lugar, funções e competências estratégicas, sendo estas as primeiras fornecedoras ou idealizadoras de soluções de tecnologia para o Estado. É que a par do que podemos verificar nos decretos e leis que as criaram, tiramos a conclusão de que, longe daquilo que se imagina quanto a capacidade de auto aparelhamento estatal, o Estado, de um modo geral, sempre teve a preocupação de se apoiar na informática com vista a tornar-se eficiente e atender os anseios de seus administrados.

O interesse por esta discussão parece apropriado para os dias atuais, dado que nos últimos quinze anos, sem dúvida, a busca por facilidades que a informática introduz no dia-a-dia, criou uma situação “sem volta”. Isto é, o Brasil teve nesses anos uma crescente preocupação do governo em traduzir na tecnologia os serviços que devem ser prestados ao cidadão. Percebe-se, portanto, que aliar a tecnologia aos serviços públicos tornou-se uma das formas mais inteligentes de se homenagear o princípio constitucional da eficiência.

É um caminho sem volta, porque a exemplo do que aconteceu no setor industrial, os processos de automação possibilitaram um aumento considerável nas linhas de produção e na qualidade do que se produzia, sem descartar a intervenção humana, e hoje, assim como acontece no setor de serviços privados, a Tecnologia da Informação possibilitou o crescimento e aprimoramento de algumas atividades, ao passo que, também exige um nível de capacitação técnica pessoal, compatível com o mercado de trabalho. Assim, não há volta porque a tendência da sociedade é aceitar e se adequar a essa evolução.

Dada a popularização que a informática teve nas últimas duas décadas, o Governo não poderia ficar atrás neste processo de virtualização da comunicação humana, tanto que ele encontrou na tecnologia um forte aliado. Uma maneira inteligente e ágil de facilitar o acesso aos seus serviços e melhorar, de certa forma, a vida do cidadão no exercício dos seus direitos.

Com o objetivo de ampliar os serviços, estabeleceu-se uma meta de promover a universalização do acesso à internet, buscando soluções alternativas com base em novos dispositivos e novos meios de comunicação; promover modelos de acesso coletivo ou compartilhado à internet, e fomento a projetos que promovam a cidadania e a coesão social.

Essa preocupação do atuar da Administração Pública com suporte tecnológico não se trata de uma simples gestão e escolha política, mas sim de uma exigência do processo de globalização que se dissemina pelo mundo.

Isto porque a sociedade moderna está presenciando um processo de reestruturação global do modelo de desenvolvimento dominante - de um modelo industrial para um modelo de informação - que configura uma nova arquitetura tecnológica, econômica, política, organizacional e de gestão coletiva.

Essa reestruturação traduz efeitos significativos para o Estado Moderno, exigindo, da sua longa manus, o despejar de informação pública, gratuita, abundante e acessível, para se tornar um dos bens mais importantes que o Estado deve oferecer aos seus cidadãos.

Aqui, necessariamente entra o papel das empresas públicas de tecnologia, como verdadeiros estratagemas da gestão ou da transformação de uma regra de negócio numa realidade computacional.

Permite-se com isso que o governo fique ao alcance de todos, sendo este o principal benefício da informatização da Administração Pública e do uso de padrões nos seus sistemas aplicativos, guardando sintonia com os princípios da eficiência e da publicidade.

Nota-se, que a atuação do governo em aprimorar e/ou melhorar seus serviços aos cidadãos, contou com o apoio da tecnologia, carro-chefe das nações mais desenvolvidas nas tomadas de decisões. E o Brasil começa a ter benefícios com esta estratégia administrativa, ao passo que permite uma atuação mais célere no honrar da relação entre a Administração Pública e seus administrados, o povo.

Se o governo, por meio da Administração Pública indireta, da qual fazem partes as instituições aqui comentadas, desenvolve os serviços que devem atender o interesse público, valendo-se da tecnologia, está claro que há um considerável emprego do dinheiro público nestas decisões. Exige-se, então, a boa empregabilidade desses recursos financeiros.

O governo está certo e correndo contra o tempo! É preciso modernizar a gestão urgentemente, e constantemente. Esta é uma responsabilidade do governo.

Se não fizer verá os resultados na reação do povo que busca mais e melhores serviços públicos, refletindo isso em suas escolhas nas urnas.

Mas sabemos: existe a corrente dos pessimistas e nela uma série de argumentos e indagações inócuas e demagógicas são usados. Entre eles: E as empresas privadas? E a Lei 8.666/93? E a ética?

A resposta poderia começar com competência. Felizmente os argumentos reconhecidamente infundados e sem eco e espaço no segmento são comuns aos eternos insatisfeitos, que se consolam em encontrar culpados por sua inoperância. O “Mal” e o “Bem” sempre existiram. Felizmente o Mal é menor, porque o Bem prevalece.

No dia 15 de dezembro passado, aconteceu o grande evento da Plano Editorial, reconhecida no setor de TI nacional, e lá pudemos ver a premiação de projetos reais, parceria das empresas de governo, as organizações citadas, com as empresas privadas que trabalham, aquelas do Bem, aquelas que entendem que o Brasil precisa andar, que o Brasil precisa modernizar sua gestão, aquelas que fazem parte da maioria “fazedora e realizadora” do nosso país. Claro que este evento excluiu naturalmente aquelas que, ao contrário de trabalhar para ajudar o país, se dedicam e dão preferência à crítica do que está sendo feito de bom, alegando um imperceptível prejuízo, que na verdade é fruto da própria inoperância e falta de cidadania.

Citamos aqui Baltazar Graciàn, jesuíta espanhol do século XVII:

“Alguns pensam e agem tarde e eles pensam mais em desculpas que em resultados. Outros não pensam antes nem depois. O pensamento e a previsão são bons conselheiros, tanto para viver, como para alcançar o sucesso”.

Felizmente a maioria é positiva e nosso país continua, com a participação cada vez maior do setor de TI no PIB, que vem pegando fatias significativas do orçamento público e investindo para melhoria da eficácia, eficiência e transparência da gestão pública e o crescimento sustentado do Brasil e, por fim, gerando renda e empregos.

Aos meus companheiros do setor de TI, que estão no lado dos críticos de plantão, recomendo: “ACORDEM!” Entrem na ala dos que querem um país moderno. Criem soluções concretas. Busquem parcerias com as empresas do governo. Quem quer um país melhor precisa se unir para vencer e para tirar o Brasil da patinação interesseira. Venham com o time que FAZ, em detrimento do time dos argumentos infrutíferos que param o país.

A demagogia dos que preferem a crítica para se sobressair e um dia ocupar um espaço de liderança mostra historicamente que quando estas exceções conseguem chegar lá, nada fazem, quando não adotam práticas comuns e geralmente piores do que pregavam. O maior prejuízo para qualquer organização, inclusive as governamentais, é nada fazer, é demorar em fazer e gerar para a sociedade o pior dos sentimentos: desilusão de não ter esperança de que é possível termos um Brasil mais justo e melhor.

O que tem que ser feito é útil quando é feito. Sem delongas e da melhor maneira possível. Quem quiser fazer parte do time que FAZ, deve ter muito mais a oferecer e, com muita competência, do que a crítica pura e simples.

Os empresários têm papel fundamental na modernização de nossa nação e devem executar sua parte, criando, propondo, participando e nunca emperrando o desenvolvimento. Deixam de ter razão aqueles que querem o entrave das organizações públicas especializadas, sonhando com sua visão retrógrada e míope, ignorando a importância da “expertise” e a imparcialidade das organizações constituídas, entre elas as empresas públicas e entidades de interesse social, sem fins lucrativos. Esquecem o cenário de complexidade e que o nosso país é enorme, onde é necessária a união de todos com o Bem, para evoluirmos com menores custos e melhores resultados.

O argumento da ética, sem critério, análise e objetividade de resultado em benefício coletivo é demagogo, pois falta de ética é não fazer o que tem que ser feito e da melhor maneira para que o objetivo seja alcançado.

Por seu turno, o argumento de quem lança críticas severas à Lei 8.666/93, é omisso, pois esta Lei é completa, e apesar de ter entrado em vigência há mais de vinte anos, prevê regras e exceções ao dever de licitar. Nem se olvide, por outro lado, a recente atualização legislativa no âmbito das licitações com o surgimento da modalidade Pregão, gerando celeridade às contratações de soluções e bens comuns.

A prática do pessimismo é resultado, infelizmente, de cenários equivocados como comodidade, falta de determinação e de se expor para tomar a decisão mais acertada e necessária para o momento do órgão público que administra. O país precisa andar e o que tem que ser feito deve ser feito da maneira mais prática possível.

Papel fundamental também tem os líderes das entidades que unem do segmento de TI. Estes precisam do discernimento para apoiar o que é melhor para o país e ajudar seus associados a enxergar o macro: se é melhor para o Brasil é melhor para todos. Nossa responsabilidade é unicamente contribuir com a evolução do mercado de TI nacional.

A demagogia interesseira, que acoberta algumas vezes a ineficiência administrativa, perde espaço a cada dia. Argumentos como os citados, e aquele chavão “o software livre é de graça”, já são percebidos negativamente pelos cidadãos. A estes demagogos fica a realidade: a melhor maneira de propagar uma prática positiva é tentar destruí-la, e neste sentido a sociedade e os cidadãos brasileiros estão sendo esclarecidos e tem consciência do que é real, factível e o que é discurso.

Meus vinte anos de empreendedorismo no setor de TI me fizeram vivenciar muitas situações incoerentes, sempre superadas positivamente, como a história comprova, mas nunca fiz e nunca devemos nos entregar a uma única ação, pois a carreira do empreendedor compreende ajudar na construção de uma sociedade cada vez mais justa, superando obstáculos e agindo fortemente no fazer.

Janeiro/2006

* Luís Mário Luchetta, é presidente da Assespro-PR (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação, Software e Internet)