sábado, 6 de fevereiro de 2010

• RENOVAR É PRECISO!

• Luís Mário Luchetta, 04.01.2010

A frase a seguir, atribuída a Eça de Queiroz: “Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”, é dura, mas nos lembra que mudança é fundamental, e que a comodidade é um risco para sociedade.
Início de ano, época que remete todos nós a reflexões, e pelo fato do lançamento feito em 15.12.09, pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC, do Guia das Melhores Práticas de Governança Corporativa para Fundações e Institutos Empresariais, aproveitamos para estimular a renovação de lideranças no Setor de Tecnologia da Informação.
Isto mesmo. Além das tradicionais representações políticas nos poderes constituídos, toda representatividade constituída por mandato precisa estar sujeita a essa prática, sob pena de vermos confundidas as instituições com as pessoas físicas que as lideram, e naturalmente, seus respectivos interesses.
E o principal público, leitor de nossa Revista, conhece bem o Setor de TI e merece o respeito das entidades representativas, por isso recomendamos a todos os dirigentes de entidades empresarias, que procurem conhecer e praticar o “Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa”, já em sua quarta edição, de autoria do IBGC(www.ibgc.org.br), citado anteriormente, pois certamente as causas do heróico empresário nacional, nossa bandeira e a verdadeira solução para nosso país, serão conduzidas ainda com mais eficácia.
Os empresários de TI nacionais, principal impulsão dessa indústria pujante e limpa, merecem lideranças arrojadas, comprometidas com a causa comum e livre de amarras com os poderes constituídos. Esta é a causa que acreditamos e baseado nela que estamos dando nossa contribuição ao fortalecimento empresarial da TI brasileira.
A Revista Tecnologia da Informação mesmo, apesar de estar na trigésima edição trimestral, estava abandonada, vinha com 12 páginas e pulando trimestres. Assumimos a edição em dezembro de 2004 com raciocínio empresarial e estamos investindo enquanto for preciso, para que o único veículo de comunicação oficial dos empresários de TI possa registrar as realizações, os protestos e os pleitos de todos, que como nós, sabem que para nossa empresa individual alcançar sucesso, todo o Setor tem que ser vitorioso. Ninguém é feliz sozinho.
Foi com este objetivo que chamamos as entidades empresariais representativas, para fazerem parte da Revista Tecnologia da Informação, e através de seus representantes compõe o Conselho Editorial, automaticamente renovável, pois, como meio de comunicação, queremos estimular a utilização da força de todos em objetivos comuns, mostrando que a vaidade individual é o maior mal de todos os tempos, e que dos casos de sucesso naturalmente ela já foi varrida.
É transparente que esta Revista, congregando entidades que possuem também alguns objetivos diferentes, procura trabalhar nas causas comuns de interesse exclusivo dos empresários de TI do nosso país. Sabemos que no momento que todas as entidades tiverem os mesmos objetivos, será chegada a hora de reunificarmos as mesmas, numa única entidade empresarial representativa do Setor.
Sabemos que isto está distante, mas muito evoluímos com a criação da Frente Nacional de Entidades Empresariais de Software e Serviços de Tecnologia da Informação - FNTI, que é a união do esforço das entidades nos objetivos comuns, mérito das lideranças que as compõem.
Com a criação da FNTI, já foi possível contratar uma assessoria parlamentar profissional, de atuação coerente com os objetivos de cada entidade, sem privilegiar uma ou outra, muito menos interesses particulares. E assim o Setor de TI vai evoluindo, cada dia melhor, mas ciente de que tem muito por fazer.
Temos que enaltecer a ABES e a ASSESPRO, pois nessas entidades, em especial com respeito ao tema deste artigo, a renovação é prática usual, e seus estatutos prevêem mandatos máximos de quatro anos aos presidentes, já com uma reeleição inclusa, respeitando o direito dos empresários associados de participarem e de terem representantes com o perfil que cada época demanda.
No caso ainda da Assespro, os estatutos das Regionais atuantes em 17 Estados da Federação, cujos presidentes compõem o Conselho de Administração da Entidade, também a prática de mandato máximo de quatro anos é respeitada, para o bem do Setor Nacional de TI.
Desejamos que em 2010 todos os empresários do Setor Nacional de TI mostrem o que têm de melhor para quem estiver ao seu lado. Assim mais rápido seremos o Setor que nosso Brasil espera e precisa de nós.

Luís Mário Luchetta, vice-presidente de Articulação Política
da ASSESPRO NACIONAL